quinta-feira, 24 de março de 2011

ANÁLISE DA IMPRENSA REGIONAL DESTA SEMANA



Quem leia no mesmo dia a imprensa de âmbito nacional e a regional, como acontece comigo, decerto que fica com a ideia de se tratar de dois  universos diferentes e sem qualquer ligação entre entre si. Veja-se, por exemplo, esta primeira página do TEMPLÁRIO: Militar esfaqueado, Mulher condenada por tráfico de droga, Adega cooperativa fecha e vai para insolvência, Falta um mês para a primeira saída das coroas, Mini-mercados que resistem. Só incidentes e miudezas. Nas páginas interiores, ainda assim, duas crónicas a merecer leitura: Uma de Carlos Carvalheiro, sobre cultura; outra de Ernesto Jana àcerca das conturbadas relações Tomar/Santarém ao longo dos tempos. Relevo também para duas páginas com o título "Povo mobiliza-se para recuperar casa do padre". Passa-se na Freguesia de Paialvo e o padre, brasileiro, aparece de avental e tudo. Não daqueles da Maçonaria, mas dos de cozinheiro mesmo. Assim é que é!
Segue-se uma reportagem sobre os minimercados que resistem, que já poucos são, bem como uma enérgica crónica de J. Godinho Granada contra o acordo ortográfico e a "cafrealização da língua portuguesa".


No MIRANTE, sobre Tomar temos a insolvência da Adega Cooperativa,  a nova associação de bandas  filarmónicas,  os bastidores da Festa dos Tabuleiros, neste caso os habitantes que fazem flores na freguesia de Santa Maria dos Olivais, a opinião do professor João Henriques e uma entrevista com Duarte Marques, presidente nacional da JSD. Diz ele, a dado passo que "É óbvio que temos de repensar o ensino superior no nosso distrito. Se calhar não podemos continuar a ter politécnicos desgarrados no distrito, cada um a puxar para seu lado. Algumas vezes com cursos repetidos. ... ... ...Faz sentido haver três cursos de gestão no distrito? Isso tem que ser repensado. Se bem que as instituições existentes podem coabitar bem uma com a outra. O Politécnico de Tomar com uma base mais tecnológica, o de Santarém com uma base mais virada para a educação, para as ciências agrárias... ... ... ...Infelizmente temos é politécnicos armados em universidades e universidades a fazer o papel de politécnicos. ... ... ... E temos uma classe dirigente que anda a gozar connosco." Quem fala assim, poderá ter outros defeitos; tímido ou gago não é de certeza!


O RIBATEJO, que na edição anterior lançou a questão da eventual fusão dos dois politécnicos do distrito, desta vez limita-se a publicar discretamente um esclarecimento do presidente do IPT, Eugénio de Almeida. Nele se refere que Santarém não é afinal o único distrito com dois politécnicos, pois também Viana do Castelo tem um em Barcelos e outro na capital do distrito. Indica-se outrossim que o politécnico tomarense, ao contrário do que foi escrito, não tem qualquer turma com menos de 25 alunos inscritos.
Anote-se que parece algo curioso o presidente Eugénio de Almeida limitar-se a um esclarecimento assaz pobre num semanário de pouca ou nenhuma difusão em Tomar, em vez de alertar os nabantinos para a presente tentativa de nos subordinar de novo a Santarém. Se calhar está à espera que aconteça, para depois aparecer então com lamúrias de circunstância.

CIDADE DE TOMAR publica, como se pode ver, uma curiosa manchete sobre os bombeiros municipais que "querem dar resposta ao transporte de doentes no concelho". Apetece dizer que também eu quero ganhar o euromilhões, mas por azar ainda não consegui. Coisas!
Nas páginas interiores, mais uma boa crónica de António Freitas, a defender a urgente necessidade de reduzir drasticamente câmaras e freguesias e notícia sobre as jornadas parlamentares do Bloco de Esquerda, que também passaram por Tomar, porém com alguns problemas de programação, acrescento eu.
Escondido na página 18 - Opinião, um escrito assinado por Hugo Filipe Pires e Christopher Pratt, alunos da Licenciatura em Gestão de Turismo Cultural, aborda a problemática dos turistas que visitam o Convento de Cristo, mas não descem à cidade. Ainda que de leitura por vezes algo difícil, devido a um português nem sempre limpo, julgo que vale a pena abordar a questão, pois o futuro de Tomar depende também da resolução atempada e satisfatória de tal situação anómala.

9 comentários:

RODRIGUES LOPES disse...

CORVELO ABRE OS OLHOS. NÃO VÊEM QUE HOUVE ENVELOPE A QUEM DESENHOU E QUE FOI DESENHADA E PROJECTADA POR UMAS NÓDOAS QUE VIERAM DO ULTRAMAR PARA TOMAR E SE CALHAR O CURSO É TIPO SÓCRATES

IN HERTZ

METE DÓ É ISTO OS AUTARCAS QUE TEMOS ( PRESIDENTE DE cÂMARA) QUE NÃO CONCORDA MAS OLHOU PARA O PROJECTO E PRONTO.... RUA COM ESTA CAMBADA... ISTP É UM CASO DE POLÍCIA


TOMAR - Nova rotunda na Nacional 110 (Calçadas) provoca receios aos automobilistas


Há perigo na rotunda que está a ser construída na Nacional 110, nas Calçadas. O cidadão Ricardo Mendes marcou presença na reunião desta quinta-feira do executivo camarário onde, em representação de alguns utentes da via, chamou a atenção para a estrutura que, refira-se, está descentrada, o que causa confusão nos automobilistas. Aliás, o próprio Corvelo de Sousa, presidente da autarquia, disse ter estranhado essa construção mas consultou o projecto, o que o levou a um maior entendimento:


.
«Compreendo as dúvidas as pessoas porque eu, não sendo engenheiro, achei aquilo estranho... Olhei para lá e pensei mesmo que alguma coisa estava mal. Vi, depois, o projecto e fiquei com uma noção mais próxima e real daquilo que está a acontecer. Na cidade de Tomar há uma situação concreta, que funciona há uma série de anos, num lugar onde havia registo para inúmeros acidentes. Nesse local, ou seja, na rua onde está a esquadra da PSP (ndr: sentido Colégio D. Nuno Álvares Pereira), foi construída uma rotunda muito semelhante. O projecto foi aprovado, depois de submetido às Estradas de Portugal». Por sua vez, Pedro Marques, dos Independentes por Tomar, colocou dúvidas quanto a esta solução e questionou o executivo sobre se não houve, neste caso, o interesse dos proprietários dos terrenos a condicionar o processo: «Não quero imaginar que houve neste processo alguma protecção a proprietários... Gostava de ter este esclarecimento. Temos que equacionar a hipótese de alterar esta situação, caso contrário, de hoje para amanhã, há algum acidente grave e depois colocamos todos as mãos na cabeça». José Vitorino disse desconhecer as razões que levaram a que o projecto fosse elaborado desta forma. O vereador socialista deu conta de outros casos do género e disse que esses exemplos funcionam mal, pelo que a autarquia terá que equacionar algumas alterações: «Desconheço as razões pelas quais o projecto optou por esta solução. Faz sentido que exploremos a possibilidade de a melhor. Há muitas rotundas descentradas do eixo da via, inclusive em Tomar e todas estas funcionam mal!».

Anónimo disse...

Dr. Rebelo se conseguir ler isto http://online.wsj.com/article/SB130101037767997709.html?mod=wsj_share_facebook
opine por favor pois é grave e é uma grande mentira que chega ao exterior.

Anónimo disse...

«LISBOA—Isabel Fernandes, una risueña joven de 22 años con una constelación de estrellas tatuadas alrededor del ojo derecho, no está segura de cuántas veces repitió el quinto grado. Dos, dice riendo. O quizá tres. También repitió el séptimo grado. Dejó la escuela con una educación de octavo grado a los 20 años.

Fernandes vive en un barrio pobre cerca del aeropuerto. No trabaja. Los empleadores, dice, "piden un nivel educativo más alto". Incluso los empleos de limpieza son difíciles de encontrar.

Portugal es el país más pobre de Europa occidental. También es el que tiene un nivel de estudios más bajo y eso ha surgido como una dolorosa desventaja para sus crecientes problemas económicos.

El miércoles por la noche, la crisis económica se convirtió en política. El Parlamento portugués rechazó el plan de recorte de gastos y aumento de impuestos del Primer Ministro, José Sócrates, quien presentó su renuncia. El jefe de gobierno permanecerá en el cargo hasta que se forme un nuevo liderazgo.

Sin los recortes de presupuesto, Portugal necesitará, casi con seguridad, un rescate internacional. El país se quedará sin dinero este año a menos que atraiga nueva financiación, en un mercado que le ha impuesto altos costos de endeudamiento.

La situación ha llevado a los líderes de la Unión Europea, que se reunieron el jueves en una reunión previamente programada, a pensar en un plan de contigencia para el que sería el tercer rescate de la zona euro, después de Grecia e Irlanda.

Anónimo disse...

El estado de la educación en Portugal explica porqué un rescate será probablemente requerido y porqué será costoso y difícil. En otras palabras, Portugal debe demostrar que puede generar suficiente crecimiento económico a largo plazo para pagar sus cuantiosas deudas. Una fuerza laboral poco preparada lo hace difícil.

.El trabajo mecánico y barato que en su día sostuvo la industria textil portuguesa se trasladó a Asia. Los países del otrora bloque comunista que se unieron en masa a la Unión Europea en 2004 ofrecen una mano de obra más barata y trabajadores con mayor nivel escolar. También se han llevado todos los trabajos especializados.

Apenas 28% de la población portuguesa entre 25 y 64 años terminó la secundaria. En Alemania, esa cifra sube a 85%, en la República Checa a 91%, y en Estados Unidos a 89%. En comparación, esa tasa es de 33% en México y de 68% en Chile, entre otros países latinoamericanos.

"No veo cómo puede crecer sin educar a su fuerza laboral", dice Pedro Carneiro, un economista del University College de Londres que dejó Portugal para hacer sus estudios de posgrado en EE.UU.

El problema de la educación aquí ilustra la magnitud del reto que enfrenta Europa en su intento por enderezar su rumbo. Los recortes rápidos y dolorosos de presupuesto, aplicados en toda la región, son el primer paso.

Pero el segundo paso es mucho más difícil y se demorará mucho más. Los 17 países unidos por el euro tienen niveles de desempeño económico muy diferentes. A menos que la brecha se reduzca, las presiones que provocan los países más débiles con sus grandes volúmenes de deuda, sin duda volverán a surgir.

Mejorar la educación en Portugal no es algo que vaya a ocurrir rápidamente. Recortes significativos en el gasto educativo dificultan la tarea. Incluso si hubiera progresos, cosechar los beneficios podría tomar años.

Grecia e Irlanda, los países de Unión Europea que ya han sido rescatados, llegaron al borde del abismo con relativa rapidez: Grecia perdió el control luego de descubrirse que había subestimado la precaria salud fiscal del gobierno; Irlanda se autoinmoló en medio de un caos de especulación inmobiliaria.

En cambio, la crisis de Portugal se ha cocido a fuego lento. Durante una década, su crecimiento estuvo rezagado frente al promedio de la zona euro. Las industrias tradicionales como la cosecha de corcho y la zapatería no pudieron impulsar a todo el país. El auge tecnológico de mediados de la década anterior pasó de largo por Portugal.

Anónimo disse...

Sin embargo, sus habitantes no dejaron de gastar. En los últimos 10 años, la economía, tanto el sector privado como el estatal, ha acumulado un déficit con el resto del mundo de más de 130.000 millones de euros.

El resultado es una montaña de deuda. Este pasivo soberano, parte del cual es interno, podría ascender a 90% del Producto Interno Bruto este año. La economía entera debe al extranjero una suma equivalente a más dos años de su producción económica.

Antes de presentar su renuncia, el primer ministro impulsó unos recortes presupuestarios en el Parlamento bajo presión de otros países de la zona euro. Pero en una entrevista antes de la crisis del miñercoles, Sócrates dejó claro que la inversión en la educación era una prioridad, a pesar de los costos. Calmar a los mercados es importante, dijo, pero e país no debería "perder la visión y la estrategia".

Existe bastante evidencia de que la educación aporta beneficios económicos. Hace una generación, Irlanda era uno de los países más pobres de la Unión Europa, pero invirtió en la educación técnica y se reinventó como un destino para empleos de alta tecnología. El país está hoy, a pesar de una terrible crisis bancaria, entre las naciones más ricas de Europa.

Eric Hanushek, profesor de la Universidad de Stanford, y otro profesor de la Universidad de Múnich han ligado el crecimiento del PIB con el desempeño de la población en las pruebas estándar de educación. Ambos calculan que la tasa de crecimiento a largo plazo de Portugal podría ser 1,5 puntos porcentuales más alta si tuviera los mismos puntajes que la supereducada Findlandia.

Portugal recién empezó gradualmente a hacer obligatorios 12 años de escuela. Hoy, los portugueses pueden dejar la escuela en el noveno grado y muchos lo hacen. El gobierno dice que se están adelantando reformas. Pero es un largo camino. "Hemos acumulado años y años de gente ignorante", lamenta Belmiro de Azevedo, un magnate industrial.

El ejecutivo describe el sistema como calcificado. La administración central ejerce un cerrado control. Los planes de estudio son al mismo tiempo poco exigentes y rígidos. Las tasas de abandono escolar son elevadas. Las escuelas luchan para acomodar el influjo de inmigrantes de las antiguas colonias portuguesas en África, como Cabo Verde y Guinea-Bissau.

"Si obtiene un título en Portugal, gana casi el doble que aquellos que no lo tienen. Eso es lo que les enseño a mis hijos", dice Paulo Gonçalves, un agente de ventas de Hewlett-Packard Co.
Esto es especialmente cierto en un contexto en el que el desempleo supera 11%. "Con la crisis, tenemos que ir a la universidad", dice Sophie Alves, una estudiante de último año de secundaria que planea estudiar terapia ocupacional. Con sólo un título de secundaria, "no puede hacer nada, ni siquiera trabajar como mesera".

Hay evidencia sustancial en cualquier parte que la educación ofrece amplios beneficios. Irlanda era uno de los países más pobres de la Unión Europea hace una generación. Pero invirtió dinero subsidiado por la UE a la educación técnica y se redefinió a sí misma como un lugar para el trabajo de alta tecnología, se hizo dos veces atractiva al bajar los impuestos corporativos. Irlanda está ahora, incluso después de la brutal crisis bancaria, entre las naciones más ricas en Europa.» in The Wall Street Jornal

Luis Ferreira disse...

Prof. Rebelo

Considerar "coisas" procurar posicionar os Bombeiros Municipais de Tomar na prestação de serviços de transportes de doentes, num Concelho que pagou ano transacto, através dos impostos, 1.058.000€ pelo sistema de Proteccao civil, parece um pouco redutor.

Sei que dirá ser a nossa obrigação. Terá razão certamente. Mas criticar os autarcas que não fazem, porque não fazem e depois desvalorizar os que fazem, porque fazem, parece-me contraditório.

Aliás, far-me-á certamente a justiça de considerar que o esforço que esta vereação está a fazer, para "reorganizar" e criar sustentabilidade num sistema que estava "aguarando decisões" há anos, é o caminho correcto.

Sabe bem que de 2009 para 2010, mantivemos a despesa, aumentando os serviços à população em 12%. E isso foi feito subindo as receitas de 115.000€ em 2009, para 216.000€ em 2010 (+87%).

Quantos sectores da nossa autarquia poderão apresentar resultados como estes?

Anónimo disse...

Mas será que este Ferreira não consegue enxergar o ridículo de se estar,permanentemente,a auto-elogiar?
Será que ainda não percebeu ser uma triste figurinha,no ocaso de reinado,completamente desacreditada perante os Tomarenses e não só?
Será que um dia vai explicar como é que "entrou",aos 19 anos,para quadro da IGAP - Inspecção Geral da Administração Pública?

É que já não há pachorra para aturar estes dislates do ridículo auto-elogio.

Anónimo disse...

T'á a dar um apagão no PS, ó ferreirita das farturitas! E depois do adeus...que é que vais fazer? Voltar para a cadeirita de Alpiarça e usar de novo o golpe do casaco?
Parece que Lá para os lados do Largo do Rato não andam nada satisfeitos com o que se passa nas concelhias de Ourém e Tomar. Paulo Fonseca e ferreira das farturas é tudo água do mesmo bidé, e os manda-chuvas lá da central andam com vontade de vos pôr no sítio certo: a rua!

Anónimo disse...

As criticas que se podem ver nos comentários anteriores por anónimos, poderiam ter alguma consistência se dessem a cara, mas como normalmente essas pessoas têm telhados de vidro, não convêm.